DEIXANDO A TERRA NATAL E QUANDO DEUS PROMETE ELE CUMPRE.
Deus chamou Abraão, pois tinha uma grande obra a realizar através da vida dele. “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12.1-3).
Eu comecei a entender um pouquinho o que o patriarca Abraão sentiu quando Deus falou para ele, “Sai da tua terra”. A chamada missionária de Abraão: ele deixaria amigos, família e a terra natal. Levaria seus filhos a uma terra estrangeira, forçando-os assim a aprender outra língua e a viver em um lugar estranho. Apenas metade dos missionários permanece no campo mais do que o primeiro termo (3 a 5 anos). Não é fácil arrancar todas as raízes e começar tudo de novo. Alguns saem como aventureiros, outros ganham dinheiro para fazer isso, outros saem impelidos por intenso zelo religioso, muitas vezes tolos infantis. Aqueles que vão e perseveram tem por trás de si a vontade de Deus, e é isso que dá poder de permanência ao empreendimento missionário. Abraão foi um pioneiro, ou seja, alguém que vai para o deserto e ali prepara o caminho para outros. O pioneiro abre uma vereda, e os que o seguem abrem uma estrada. Assim sucedeu com Abraão.
Um país desconhecido esperava por Abraão. A chamada de Deus sempre tem um ou mais objetivos concretos. Quem nos mostra isso é o próprio Deus. Profunda verdade se oculta naquele ditado que diz: “quem não arrisca, não petisca”. Todos os grandes projetos custam alguma coisa para os que neles se aventuram. Mas todo risco acaba pagando dividendos. No caso de Abraão, grandes coisas estavam em jogo. Uma nação escolhida havia de surgir por meio dele, e o Messias seria seu filho.
“Essa chamada de Abraão é um emblema da chamada dos homens, por meio da graça de Deus, para fora deste mundo e dentre os homens, renunciando as vantagens materiais, não se conformando com elas, e esquecendo-se de sua própria gente e da casa paterna, a fim de apegar-se ao Senhor, seguindo-O para onde quer que Ele oriente” (John Gill, in loc.).
De mesma forma que Abraão recebeu as promessas de Deus, o Senhor deu para mim também muitas promessas. E foi através destas promessas que fui ao campo missionário. Tive fé, promessas de Deus, e a sua unção na minha vida. Eu entendo que para mim isto foi suficiente para ser uma benção e continuar sendo uma benção, pois as maiores promessas de Deus para a minha vida ainda não começaram a se realizar. Muitas delas o Senhor já realizou, e muitas estão por vir. Sempre repito nas minhas orações ao Senhor: Senhor eis-me aqui, realize as suas obras na minha vida.
Deixei no Brasil pai, mãe, irmãos, tios e tias, parentes, irmãos em Cristo e amigos, para receber as promessas. O que Deus quer realizar na minha vida é mais importante do que qualquer outra coisa. Isto não significa que não amo os meu familiares, parentes e amigos. Só Deus sabe o quanto choro quando oro por eles. Portanto tenho chamada de Deus, e é maravilhoso quando Deus nos usa. Imagine, medite um pouco, Deus, O Todo Poderoso, O Eu Sou, usando você! É isto que me fascina, a minha forca de vencer é esta, é dizer para Jesus Cristo: pode me usar... No meu entendimento, toda pessoa que é nascida de novo, que ama a Jesus Cristo, deveria dizer e deixar Jesus a usar quando Ele quiser. Uma coisa eu não entendo, quando uma pessoa diz que Jesus Cristo mora nela, e esta pessoa não fala de Jesus para outros que não o conhecem. Para reflexão: um irmão diz para você: hoje preguei o Evangelho! E você pergunta para este irmão: Quantas pessoas se converteram? E ele responde: Nenhuma! Você pergunta: Levou pedrada? E ele diz: Não! Posso dizer: Então você não pregou o Evangelho de Cristo! Isto é para uma pequena reflexão pessoal.
Quando pregamos o evangelho de Jesus Cristo alguma coisa deve acontecer, se não acontece nada, devemos nos perguntar o que está acontecendo conosco, pois pode ser que não estamos pregando o evangelho, e sim outra coisa qualquer. É fácil saber se estamos pregando o verdadeiro evangelho de Cristo ou não. Se estamos levando pedradas, se estamos sofrendo perseguições, calúnias, ataques do maligno, podemos saber que estamos no caminho certo. Agora se você não tem sofrido nada disto, ore a Deus e peça misericórdia e unção da parte dEle. Tem muitas pessoas brincando de ser servo de Deus, e isto é triste[...]
Amado, deixe Deus realizar a obra que Ele tem a realizar na sua vida, entregue-se a Ele, pregue o verdadeiro Evangelho, pelo poder do Espírito Santo, mas não esqueça de viver o que prega. “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós” (Mateus 5.10-12).
Texto por Pastor Antero Kaczan. Testemunho! Direito autoral, somente permitido para uso pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário