quinta-feira, 2 de outubro de 2008

UM POUCO SOBRE HISTÓRIA DA POLÔNIA.


UM POUCO SOBRE HISTÓRIA DA POLÔNIA.

Muitas pessoas cultivam uma irrestrita simpatia pela Polônia, o segundo maior país do Leste europeu (depois da Rússia), que ocupa uma área de mais de 300 mil km2 e abriga uma população de 38,5 milhões de habitantes. Sua formosa capital, Varsóvia, se estende às margens do rio Vístula e possui 1,7 milhão de almas.

Gostaríamos de lembrar que poucos países saíram tão arrasados da II Guerra Mundial quanto a Polônia. Varsóvia teve 85% de sua área urbana transformada em cinzas quando Hitler, inspirado em Nero, imperador romano, e creio eu que tambem possuido pelos ispiritus imundos ordenou que a capital fosse explodida e incendiada durante meses seguidos. As outras cidades importantes sofreram castigo semelhante, os campos foram praticamente exterminados e as áreas cultiváveis envenenadas.

Varsóvia se libertou dos exércitos nazistas em 01 de agosto de 1944, e o país ficou inteiramente desocupado em 17 de janeiro de 1945, quando as autoridades locais estimaram que cerca de 800 mil patriotas haviam perecido durante o terrível conflito.

A reconstrução do país começou de imediato, assim que regressaram os poucos soldados que restaram inteiros nas frentes de combate, contingente que se juntou aos velhos, mulheres e crianças, para participarem ativamente dos trabalhos, sem contar com ajuda financeira do exterior, sofrendo frio e fome.

Anos difíceis se seguiram com os russos comandando as ações no território devastado que acabou dependente, econômica e politicamente, da então União Soviética, tornando-se um de seus satélites.

A Guerra Fria envolvia a Europa, com os americanos procurando espaço para se infiltrar por detrás da cortina de ferro, através de financiamentos escusos promovendo levantes e prometendo liberdade com democracia aos povos liderados pelos comunistas.

Os agitados anos 60 sacudiram o Velho Continente com revoltas marcantes como a Primavera de Praga e o movimento dos estudantes em Paris.

Na década seguinte, por ser o primeiro ministro polonês membro do Partido Comunista, o povo se lamentava espalhando que ele não passava de um vassalo da URSS. O orgulho polonês extrapolava e não permitia que a nação ficasse contente, pois havia uma espécie de inconformismo com a situação de dependência, mesmo reconhecendo os avanços extraordinários registrados, o número de novas indústrias que surgiam, o resultado satisfatório da agricultura, a reconstrução das cidades priorizando conjuntos residenciais populares para atender os mais necessitados, a educação que atingia níveis respeitáveis e gratuita, o bom atendimento médico oferecido e os resultados positivos da economia que se firmava aos poucos indicando um processo de desenvolvimento inequívoco e irreversível.

O movimento Solidariedade (de direita) tomou alento em 1978 e, no início da década de 80, a situação política se agravou com o governo tomando medidas restritivas drásticas para tentar conter o avanço da oposição que crescia ameaçadora.

A URSS entrou em crise e o Partido Comunista sofreu perigoso enfraquecimento. Em 1989 os dirigentes poloneses, sem apoio popular, se viram obrigados a realizar eleições livres e democráticas.

O povo não vivia na miséria nem passava fome, mas não se sentia feliz com o regime político e ansiava por maior grau de liberdade e melhores condições de vida.

Encorajada pelo exemplo da Perestroika surgida na URSS, a liderança do operário Lech Walesa, apoiada ostensivamente pelos americanos, conseguiu se impor chegando ao poder com certa facilidade. O povo sonhou com capitalismo, total liberdade e muitos partidos novos se formaram prometendo o impossível. Entretanto não conseguiram emplacar devido aos escândalos e desonestidade de seus idealizadores. O Partido Comunista sobreviveu sem se contaminar, fortaleceu seus quadros, e se alinhou como a mais expressiva liderança do país.”

Hoje a Polônia está com as suas expectativas voltadas para o futuro, depositando toda a sua esperança na União Européia. No mês de Maio de 2004 a Polônia entrou no Mercado Comum Europeu. Esta foi uma grande conquista para a maioria dos poloneses. Os jovens poloneses são os mais empolgados com essa nova porta, chance de emprego, em todos estes países que fazem parte da União Européia. Os poloneses mais idosos não estão muito entusiasmados com esta mudança radical. Pois alguns anos atrás a Polônia ainda se encontrava sob domínio comunista, e agora já faz parte da União Européia. O polonês que viveu o comunismo não recebe muito bem esta mudança.

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